Um belo jazz.
Sunday, February 17, 2008
Wednesday, February 06, 2008
Monday, February 04, 2008
O prazer do difícil
O prazer do difícil tem secado
A seiva em minhas veias.
A alegria
Espontânea se foi.
O fogo esfria
No coração.
Algo mantém cerceado
Meu potro, como se o divino passo
Já não lembrasse o Olimpo, a asa, o espaço,
Sob o chicote, trêmulo, prostrado,
E carregasse pedras.
Diabos levem
As peças de teatro que se escrevem
Com cinqüenta montagens e cenários,
O mundo de patifes e de otários,
E a guerra cotidiana com seu gado,
Afazer de teatro, afã de gente,
Juro que antes que a aurora se apresente
Eu descubro a cancela e abro o cadeado.
(The fascination of what’s difficult, W.B. Yeats, tradução: Augusto de Campos)
Subscribe to:
Posts (Atom)